O Partido da Renovação Social (PRS) acusou o primeiro-ministro, Aristides Gomes, e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de estarem a “aniquilar a oposição política democrática”, com o objectivo de fazer a Guiné-Bissau voltar ao partido único.
Esta sexta-feira, 12 de Abril, em reacção às operações que estão a ser levadas acabo pela PJ e que envolvem o seu dirigente, Vitor Pereira, porta-voz do PRS, considera “uma aniquilação da oposição democrática na Guiné-Bissau a acusação e tentativa de detenção do Ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos”.
Vitor Pereira disse que o PRS solidariza-se com o seu militante e dirigente e encoraja Nicolau dos Santos a manter-se firme e não ceder “às manobras de provocação neste momento em que é por demais evidente a perseguição política que lhe movida por Aristides Gomes e o PAIGC, através da Polícia Judiciária cujo cenário terá o único objectivo aniquilação da oposição política democrática que lhe valera os intentos únicos do retorno ao partido único na senda política guineense”.
Por sua vez, o Presidente do PRS, Alberto Nbunhe Nambeia, disse, embora sem referir uma organização política, que o seu partido tem sido ao longo dos tempos perseguido e provocado, lembrando a título de exemplo, a invasão à sede do partido e a sua danificação, no período da campanha eleitoral, por parte de um grupo de manifestantes que exigia, na altura, o fim das paralisações nas escolas públicas.
Por isso, Alberto Nbunhe Nambeia chamou atenção a Comunidade Internacional a estar atenta “às constantes situações de provocações a que o seu partido está a ser alvo”.
Tiago Seide